quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sensatez


Olhou-se no espelho, contemplou a face - abatida -  seus tumultuosos olhos se desesperaram calados. Há muito não sabia onde tinha chegado e nem porque havia deixado aquela mão lhe conduzir.
Seus olhos suportavam as dores de todos pesadelos e na mesma semana ouviu dizer que escondiam almas e quase podia acreditar no que diziam. Como seleção natural, conseguia controlar o brilho que doía e por fora era como se sorrisse incessantemente.
Dos lábios não houveram gritos nem lamentos, como também deixou-se de dizer das satisfações. Era como se uma barreira invisível e muito forte estivesse ali: entre o ser e a imagem.