quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Flor no asfalto



"O que se perdeu foi pouco, mas era o que eu mais amava"
Henriqueta Lisboa



Um dia ela acorda, se levanta da cama, escova os dentes, penteia o cabelo e vai estudar.
Fecha a porta com delicadeza. O dia lá fora está maravilhoso: tem um céu azul de inverno lindíssimo, ouve-se barulho de pássaros que há tempos não vinham à janela e ela percebe que naquele mesmo passeio, entre a rua e o asfalto cresce uma flor. "Uma florzinha tão indefesa", fala uma senhora que passava por ali e que também notara a presença da mesma.

Entretanto, a garota sorri e diz a si mesma que aquela flor não era nem um pouco indefesa, ora! Era forte o bastante, pois havia ultrapassado a barreira de asfalto para poder renascer. O sinal fica verde, ela já não sente falta e lembra-se que quando acordou sabia que esquecera de algo. Mas isso não era mais importante.

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